É uma condição presente em 1,6-5,9% da população, sendo marcado por instabilidade nas relações e afetos, mais comum no início da vida adulta. Dos 30-50 anos, a maioria alcança
estabilidade maior nos seus relacionamentos e no seu funcionamento profissional e, em dez anos, é possível que não se tenha mais esta condição, porém ainda se pode ter alguns traços.
É caracterizado por um padrão de instabilidade das relações interpessoais, da autoimagem e dos afetos e de impulsividade presente em vários contextos, podendo inclusive: esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginado; relacionamentos instáveis e intensos; instabilidade persistente da percepção de si mesmo; impulsividade; gestos ou ameaças suicidas ou automutilação; grande reatividade de humor; sentimentos crônicos de vazio; raiva intensa e inapropriada; pensamentos transitórios de perseguição contra si
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Também é comum: padrão de sabotagem pessoal no momento em que uma meta está para ser atingida, alguns indivíduos desenvolvem sintomas semelhantes à psicose quando estão em momentos de estresse. Perdas de emprego recorrentes, interrupção da educação e separação ou divórcio são comuns. Abuso físico e sexual, negligência, conflito hostil e perda parental prematura são mais comuns em histórias de infância daqueles com o transtorno da personalidade borderline.
O diagnóstico é feito por profissional habilitado, com exclusão de outras possibilidades de diagnóstico. O diagnóstico de transtorno bipolar pode ser pensado em alguns casos, sendo uma associação comum, porém não na maioria dos casos. O tratamento é principalmente com ajuda de psicoterapia e, se necessário, medicamentoso.