É um transtorno onde o indivíduo tem uma necessidade intensa e excessiva de ser cuidado, tendo como consequência um comportamento de submissão e apego a terceiros, surgindo no início da vida adulta e presente em vários contextos. Os comportamentos de dependência e submissão surgem com o intuito de conseguir cuidado e a pessoa não se percebe capaz de funcionar adequadamente sem a ajuda de outros.
Estudos estimam que esteja presente em 0,49% a 0,6% da população geral. Em crianças e adolescentes, para os quais um comportamento dependente pode ser apropriado do ponto de vista do desenvolvimento, a possibilidade deste diagnóstico deve ser avaliada com cautela.
São indivíduos com dificuldades em tomar decisões cotidianas sem uma quantidade excessiva de conselhos e reasseguramento de outros, precisam que outros assumam responsabilidade pela maior parte das principais áreas de sua vida, tem dificuldades em manifestar contra com outros devido a medo de perder apoio ou aprovação, dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas por conta própria, vai a extremos para obter carinho e apoio de outros, sente-se desconfortável ou desamparado quando sozinho devido a temores exagerados de ser incapaz de cuidar de si mesmo, busca com urgência outro relacionamento como fonte de cuidado e amparo logo após o término de um relacionamento íntimo e tem preocupações irreais com medos de ser abandonado à própria sorte.
Com frequência tem pessimismo e auto questionamentos, tendem a se subestimar e podem constantemente referir a si como “estúpidos”. Encaram críticas e desaprovação como prova de sua desvalia e perdem a fé em si mesmos. Podem buscar superproteção e dominação por parte dos outros. O funcionamento profissional pode ser prejudicado diante da necessidade de iniciativas independentes. Podem evitar cargos de responsabilidade e ficar ansiosos diante de decisões. As relações sociais tendem a ser limitadas àquelas poucas pessoas de quem o indivíduo é dependente. Possuem mais chances de ter depressão ou ansiedade.
O diagnóstico é feito por profissional habilitado, com exclusão de outras possibilidades de diagnóstico. O tratamento é principalmente com ajuda de psicoterapia e, se necessário, medicamentoso.