É um transtorno que acomete de 2-4% da população. Na infância e adolescência o indivíduo pode ter tido mais solidão, relacionamento ruim com os colegas, ansiedade social, baixo rendimento escolar, hipersensibilidade, pensamentos, linguagem e fantasias peculiares. Parece ser mais comumente diagnosticado no sexo masculino. Tende a apresentar um risco maior para o desenvolvimento de esquizofrenia que a população geral.
Um padrão de desconfiança e suspeita difusa dos outros, de modo que suas motivações são interpretadas como malévolas, apresentando suspeita, sem embasamento suficiente, de estar sendo explorado, maltratado ou enganado por outros; preocupa-se com dúvidas injustificadas acerca da lealdade ou da confiabilidade de amigos e sócios; tem dificuldades em confiar nos outros devido a medo infundado de que as informações serão usadas maldosamente contra si; percebe significados ocultos humilhantes ou ameaçadores em comentários ou eventos benignos; guarda rancores de forma persistente; percebe ataques a seu caráter ou reputação que não são percebidos pelos outros e reage com raiva ou contra-ataca rapidamente; tem suspeitas recorrentes e injustificadas acerca da fidelidade do cônjuge ou parceiro sexual.
O diagnóstico é feito por profissional habilitado, com exclusão de outras possibilidades de diagnóstico. O tratamento é principalmente com ajuda de psicoterapia e, se necessário, medicamentoso.